os melhores do ano
Es que aquello que los lectores eligen no define la fauna literaria, define a sus lectores. Mejores, peores, más importantes, más divertidos, los libros de nuestras listas son el catálogo de nuestras propias calidades, defectos, inteligencia, emociones que cambian con la edad y con la experiencia.
Alberto Manguel, no suplemento Babelia do El País.
No fim do ano, os suplementos literários encarregam-se de eleger os melhores livros do ano. Trabalho, à partida, derrotado. Nem é preciso ir muito longe: é impossível ler todos os livros que são editados, para além dos gostos subjectivos que orientam as escolhas dos críticos. Mas eu confesso que tenho uma certa predilecção por estas listinhas amanhadas: gosto de comparar, ver se conheço os eleitos, tirar notas, etc.
Não as levo é rigorosamente a sério. Mesmo que o autor me interesse, não saio de casa a correr para comprar o que ficou em primeiro lugar. Não, nunca escolho as leituras desta forma. Posso escolher os livros mas não as leituras. O livro que estou a ler no momento é que me diz o que vou ler a seguir.
Já comprei muitos livros por sugestão, seja de amigos ou de artigos, mas isso não quer dizer que os vá ler logo. Pretendo-os ler, só não sei quando. Porque cada livro tem a sua hora, o seu momento. Às vezes chega a ser frustrante ter em casa alguns por ler, mas estar desesperada por não ter nenhum para ler.
[sugestão de leitura]: Balanços, no Cadeirão Voltaire.
mesmo vector: na troca de géneros, no Natal de 2006, passei ao Sílvio ‘As Intermitências da Morte’, e ele, para mim, ‘Ensaio sobre a Lucidez’; mas a ‘Cegueira’ tinha de vir primeiro; esperou, esperou, e agora come-me vivo, este Saramago!
lol. Não gosto de Saramago 😦
Boas leituras