a Ler é boa mas quero mais
A revista LER, dirigida por Francisco José Viegas, saiu no dia 23 de Abril. Na blogosfera gerou-se uma onda de divulgação e comentários extremamente positivos. Nada a apontar: a minha 1ª impressão também foi relativamente boa. Mas como leitora da LER, espero mais, quero mais, muito mais. Por isso, deixo alguns apontamentos,
1. Do que mais senti falta foi da reportagem. A LER traz duas entrevistas, uma selecção dos 50 autores mais influentes do século XX, algumas notícias mais desenvolvidas… mas não traz reportagem. E eu gosto de reportagens alargadas. Numa revista mensal, espero encontrá-las.
2. Tendo a noção de que é uma revista mensal e por isso corre o risco de trazer algo já divulgado, a LER aqui não surpreendeu e não trouxe grandes novidades para quem acompanha as notícias literárias. A notícia da livraria Lello, a página da Booktailors, a Boutique…
3. Eu gosto de crónicas, muito, mas a nova LER traz uma avalanche de cronistas que me assustou. Não querendo apontar nomes ou ser desagradável para alguém, louvo os novos nomes e torço o nariz aos mesmos de sempre que já leio bastante em outros meios de comunicação.
4. Do que não gostei nada foram das 4 páginas de “mais livros saídos” e das citações que colocaram para os recomendar. Gosto da crítica, gosto de sentir que me recomendam algo que já foi lido. Preferiria que me indicassem menos livros mas que estes viessem acompanhados de comentário. A mim não me diz quase nada meia dúzia de linhas retiradas do livro. Partindo do princípio que terá de ser assim, pelo menos, poderiam organizar os livros por género. Colocar os ensaios todos seguidos, depois os de história, etc. Andei por ali perdida.
E é só. A revista LER é boa. Mas quero mais.
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