O Gosto Solitário do Orvalho
O Haiku – poema breve de três versos – encontrou a sua expressão máxima em Matsuo Bashô (1644-1694). “O Gosto Solitário do Orvalho seguido de O Caminho Estreito”, organizado e traduzido por Jorge Sousa Braga e publicado pela Assírio&Alvim, é uma verdadeira relíquia: os Haikus de Bashô são de um limpidez e beleza que ao ler pensamos que alcançamos o nirvana.
Jorge Sousa Braga alerta logo na introdução: “O leitor deve despir-se completamente, antes de se debruçar sobre poemas como estes. Um haiku deve ler-se da mesma maneira que uma abelha se debruça sobre um grão de pólen ou uma brisa ligeira sacode uma folha de bambu.”
Na primeira parte do livro, os poemas de Bashô estão organizados segundo o ciclo das estações. “O Caminho Estreito” é um diário de viagem que o poeta japonês escreveu. Um livro para ler de madrugada, com o frio a cortar o corpo, e o sussurro da noite ainda presente.
Admirável aquele
cuja vida é um contínuo
relâmpago
Como é possível que eu não te veja há milhões de anos? 🙂
Não pode ser, não pode…..
Temos que tratar já disto!
amiga, ainda este ano irei a Lisboa, prometo. e espero que antes do Verão 🙂
beijinho