“contra a manhã burra”
acordo cedo e, enquanto preparo o pequeno-almoço, vejo que o colega do quarto ao lado me roubou subrepticiamente dois ovos para preparar um puré instantâneo. o outro acabou agora mesmo de utilizar o meu detergente para a máquina da roupa, mesmo debaixo do meu nariz. estupores. regresso ao quarto e enquanto bebo o café abro à sorte o contra a manhã burra do miguel-manso e leio este poema tailandês,
Casamento de Bangkok
“disse-me
aprendi o essencial de tailandês
para não me perder na rua
saber o que vou comer nos restaurantes
dizer-lhe que a amomas não o suficiente para
lhe explicar o porquêpor isso
aponto com o olhar as árvores do pomar
são o nosso pequeno resguardo
de belezaseguimos o perfume
ela sabe
depois penso que está na altura de mudar de casa.
Bom Posto!