É para ver (antes ou depois do Inglorious Bastards, tanto dá)
Tenho pena, pela primeira vez, de não ter um comando numa sala de cinema para parar o novo filme de Charlie Kaufman – Sinédoque, Nova Iorque. Há muito tempo que não saía tão perturbada de uma sala de cinema, com a vontade de voltar a entrar para rever esta longa metragem do argumentista de Queres Ser John Malkovich?, Inadaptado e O Despertar da Mente.
O protagonista, brilhantemente interpretado por Philip Seymour Hoffman, é uma das personagens mais deprimentes que vi no ecrã. Vive diariamente com a certeza que vai morrer, perdendo rapidamente o controlo da sua vida. Passa muitos anos a preparar uma grande peça de teatro, enquanto o mundo se vai desmoronando à sua volta. Mais do que procurar o amor, Cadem procura-se a si próprio. O circulo de solidão, desespero e medo vão aumentando à medida que o tempo avança. O que é mais real: a sua vida ou a peça de teatro que passa anos a encenar? Sinédoque debruça-se sobre a morte e só por isso já mereceria ser visto.
Li por aí algumas críticas negativas à estreia de Charlie Kaufman na realização, com Sinédoque. Deixo esse assunto para os entendidos. O que mais me interessa é mesmo a argumentação, a procura dos melhores diálogos, a literatura que descubro por ali.
Estou muito, muito curiosa… 🙂
Não percas, não percas!
Subscrevo a frase da Filipa. 🙂
Depois do “Bastards”, então…vamos a isso…
Já vi o bastards, daqui a pouco vou ver o nova iorque! :p
Humm…Sinceramente…Adorei o filme até aos 90 minutos. A partir daí tornou-se um verdadeiro suplício

É uma das maiores críticas apontadas: que a partir do meio se estende desnecessariamente. Eu gostei na mesma 😀