Escritor por um mês? Não, obrigado (II)
A Ana C. Nunes deixou um comentário no post sobre o NanoWrimo. É interessante destacar o seu ponto de vista como participante do evento.
Ninguém que participa no NaNoWriMo sonha sequer em ter um livro pronto para publicação num mês. Este mês de escrita intensiva serve o único propósito de incentivar as pessoas a “deitarem para fora” (vomitar por assim se dizer) as ideias que tem na cabeça.
O que eles querem dizer com “quantidade acima de qualidade” é que neste mês as pessoas se limitam a escrever as ideias. Mais tarde, com muito mais tempo, vão desenvolver essas mesma ideias, eliminar algumas, reescrever muito e editar ainda mais. Suponho que seja por isso que não escrevem para mostrar a ninguém.
E sim, por mais que posso não vos passar pela cabeça, há pessoas que precisam de um qualquer incentivo externo para escreverem. Duvido até que haja muitos escritores que não precisem de qualquer tipo de motivação para escreverem.
Como participante digo que o NaNoWriMo foi uma experiência ímpar, onde pude falar com outros escritores (alguns muito bem publicados) e de saber que não sou a única que por vezes sente dificuldades em passar para o papel tudo aquilo que lhe vai na mente.
Tem uns argumentos válidos, mas prefiro escrever calmamente: com gosto e qualidade.
Obrigada por dares voz a ambas opiniões. Como tinha dito, compreendo o ponto de vista daqueles que pensam que o NaNoWriMo é uma ideia um tanto quanto absurda. A verdade é que, talvez, se tivesse descoberto o NaNoWriMo noutra qualquer altura da minha vida, talvez tivesse reagido da mesma forma. Mas como tudo na vida, é uma questão de perspectiva.
Não penso convencer ninguém a pensar como eu, só acho que é bom ouvir o que os dois lados tem a dizer. E agradeço que tenhas feito isso.