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sou toda ouvidos (ii)

September 14, 2008

aqui tinha referido que Joseph Mitchell era o rei. Depois de acabar de ler Sou Todo Ouvidos sublinho-o novamente. O livro, editado pela Ambar, reúne os primeiros textos que Mitchell escreveu antes de entrar para a revista The New Yorker. Mas desengane-se quem está à espera de encontrar amadorismo: é jornalismo, aliado a literatura pura. E da boa, qual repórter que preenche os nosso sonhos, Mitchell desce ao mundo suburbano e dá-nos a conhecer o que de melhor existe na vida. Sim, porque apesar de escrever sobre prostitutas, strip tease, gangsters e muito mais (aquilo que geralmente consideramos ‘marginal’) o verdadeiro jornalista está ali, sem qualquer tipo de preconceito ou julgamento, a retratar exemplarmente as “culturas minoritárias” dos anos 30, nos EUA. E no fim ainda nos serve como sobremesa o absurdo, o caricato e o delicioso de cada personagem ou situação.

4 Comments leave one →
  1. September 17, 2008 11:58 am

    Parece ser um homem adorável. 😛

  2. September 17, 2008 12:27 pm

    Não acho que a New Yorker seja sinónimo de amadorismo, embora haja, é certo, muitos que olham para os nomes que por lá transitaram como filhos de um deus menor. Mas caramba, Bill Buford, John Updike, John Cheever…

  3. September 17, 2008 1:44 pm

    Samuel,

    Não me referia ao amadorismo da “New Yorker” mas ao do próprio Joseph Mitchell que ainda não tinha iniciado a sua verdadeira carreira de jornalista quando escreveu estas crónicas.

    Rui,

    Sim, o Joseph Mitchell é adorável 🙂

  4. September 17, 2008 6:29 pm

    E está bem explícito. Má interpretação minha.

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