Avenida Paulista, João Pereira Coutinho
A Quasi Edições acaba de lançar a 2ª edição revista e aumentada das crónicas que João Pereira Coutinho publicou, entre 2005 e 2008, na Folha de S. Paulo e Folha Online. A 1ª edição saiu com a revista Sábado, no ano passado, e por isso nunca chegou às livrarias.
Não estava à espera que numa tarde de verão, um livro de crónicas me absorvesse por completo. Já costumava ler João Pereira Coutinho (JPC), aos sábados, no Expresso. Nunca o tinha lido na Folha de S. Paulo. Há, portanto, um antes e um depois: lia-o (por ler) no Expresso; passarei a lê-lo religiosamente na Folha Online.
JPC começa pelo samba, passa pelos chorinhos e termina com um encore: «Salada farta e colorida, que faria as delícias de Carmen Miranda. Temos política e literatura, cronistas e artistas. Viagens, malandragens. E algumas declarações de amor. Se pedirem muito, ainda há espaço para um encore. Chega?», pergunta JPC na breve introdução. Não, não chega. Não é possível uma terceira edição aumentada?
Enquanto não chega, vamos à segunda. Não é difícil adivinhar que as minhas crónicas preferidas são sobre literatura. JPC escreve sobre Hay-on-Wye, passa por Camus, V.S. Naipul, Borges, Sebald, P.G. Wodehouse, António Lobo Antunes, Jane Austen, Ian McEwan e muitos outros. O caderno de apontamentos não tem descanso: aponta todas as sugestões de leitura. Porque JPC lê, lê muito e rapidamente contagia os leitores. É acabar JPC e passar a correr para outro livro. Mas não é só sobre literatura que o jornalista português escreve. Há política, viagens, amor, insónias e tudo aquilo que se pode imaginar. JPC tem a capacidade de aliar o bom humor à mordacidade, simplicidade e profundidade dos seus textos. Nunca resvala para a provocação fácil ou derrapa no mau gosto. Não existe uma única crónica que vá aborrecer o leitor. Como diria a minha avó, «é bom de ler».
[Texto publicado no Rascunho.net]
“Isto, não é um rato, é um homem”. 😯
lol
Oh Eduarda, este post deu-me foi vontade de ler o JPC! Também anoto esta sugestão no meu bloco de apontamentos. Também este blogue é «bom de ler». Beijinho
Ó Catarina lê, lê depressa que vale bem a pena 😉
beijinho
ps – a trama também é “boa de ler” 😛
Parabéns pelo espaço. Aproveito o passeio para divulgar o livro infantil que vou lançar em outubro, através da editora Papiro. “Ser diferente é bom” é um livro sobre a diferença, ensina as crianças (e pais) que o importante não é reconhecer que somos todos iguais, mas que somos diferentes e todos ganhamos com isso.
Espero por ti lá no meu cantinho.
abraço,
sónia Pessoa