uma questão de gosto
Na edição de ontem do Sexta, encontramos uma reportagem sobre os filmes que vendem livros (escrita pelo amigo Hélder Beja).
Filmes vencedores ou nomeados para os Óscares provocam um aumento das vendas dos livros em que se baseiam. Nada contra, ainda que eu não consiga ver um filme e depois ler o livro mas já consiga ler o livro e depois ver o filme.
O único inconveniente são as capas tremendamente horrorosas que as editoras criam com imagens dos filmes. Não consigo gostar. De nenhuma. Aliás, não tenho em casa um único livro com uma capa destas. Parece-me que o livro – objecto sagrado – fica poluído com as imagens de actores que nada têm a ver com a obra literária (apenas a interpretam). Uma capa deve conter a essência do livro e não a adaptação que sofreu. Nada contra os filmes, eu é que não gosto.
Sou da mesma opinião.
Gosto dos livros pelas histórias que contam e não gosto quando depois ficam associados a actores que deram a imagem aos personagens, porque gosto de continuar a imaginá-las de acordo com as palavras que o livro me oferece.
Leio sempre primeiro e só depois é que vejo o filme (se o vir).
Concordo. Depois da história ter passado para a película, as personagens estão irremediavelmente associados aos actores que as interpretaram. Assim perde-se o mais giro quando se lê um livro que é a nossa imagem mental da personagem, que depreendemos pelas descrições, isso morre com a passagem para o filme. Isso é uma pena é verdade.