Janeiro
está, incontestavelmente, associado ao livro da minha vida: O Fio da Navalha de Somerset Maugham. já passaram dois anos. o vazio deixado nunca mais foi preenchido. muitos livros passaram, entretanto, pelas minhas mãos e me arrebataram mas nunca como o fio. depois de o ler, alguma coisa mudou. não poderia voltar a ser a mesma. não sei se alguma vez encontrarei substituto. sei que tenho saudades de travar uma luta guerrida entre o estudar para os exames e o ler só mais um bocadinho. um bocadinho que lentamente se ia transformando em páginas. páginas amarelecidas. que passaram por outras mãos. foi o Zé que ofereceu este livro, em 1969, a alguém… está na dedicatória. foram dias agitados, esses, do fio. janeiro foi o mês da revolução interior de sentimentos, gestos, palavras, dúvidas, medos e anseios mas também o de perfeita plenitude.
recordo pedaços dessa existência aqui, aqui e outra vez aqui.
Será um dos livros que levarei para santiago. Confiando no teu gosto, penso que não me vou arrepender.
😀 não irás mesmo. procura a tradação da editora Livros do Brasil. é barato mas se fosse caro valeria cada cêntimo pago!
Assim farei!
Um dos meus livros de referência, também. Mas de outros Janeiros bem mais antigos…