é engraçado
como nos momentos menos bons encontro sempre as palavras que preciso beber nos livros. não vou à procura de respostas, elas simplesmente surgem. desta vez foi aqui:
“A nossa imaginação, naturalmente inclinada a exaltar-se pela poesia , cria em si uma série de entes, de que ficamos sendo os últimos: tudo o que está fora de nós nos parece magnífico; para o mundo dos sonhos afigura-se-nos muito mais perfeito do que é realmente. E isto é muito simples: como sentimos que nos falta qualquer coisa, quaisquer qualidades, supomo-las existentes nos outros, aos quais, ainda por cima, atribuímos as que nós próprios possuímos e mais um certo estoicismo ideal. Deste modo, esses entes completamente felizes e perfeitos não são mais do que uma criação nossa, que nos desamina e desalenta se estabelecermos a comparação.”
Werther – Goethe
Grande livro, Werther. Grande. Livro.