Couves & Alforrecas, MRP e a Tese da Cabala
Diz-se por aí que João Pedro George e Margarida Rebelo Pinto teriam combinado toda esta desavença mediática sobre a edição de Couves & Alforrecas: Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto, como estratégia de marketing para ambos. Couves, pensado inicialmente para 1000 exemplares já deve ter ultrapassado largamente esta fasquia. E o último romance de MRP já está no top de vendas nacionais. Não me parece que esta contenda tenha beneficiado MRP, pelo contrário, acredito que o número de vendas dos seus livros tenha baixado drasticamente. Mas então, como explicar que Diário da tua Ausência tenha chegado ao 1º lugar do top, ultrapassando até o inenarrável Nicholas Sparks?! A minha tese defende que MRP comprou parte dos seus próprios livros à Oficina do Livro. Ter um livro no 1º lugar do top de vendas levará muitos leitores incautos a comprá-lo. Mesmo antes desta polémica, as vendas de MRP já estavam baixas. O decréscimo começou a partir do inefável I’m in love with a popstar. Na altura MRP justificou-se com a fraca estratégia de marketing que acompanhou o lançamento do coiso. Como se um livro se tratasse de uma peça de roupa. Menina, a verdade é que os portugueses estão a perder paciência para a aturar!
o absurdo 
De facto,MRP limita-se a colocar no papel todo seu manacial de desejos e expectativas, usando os conhecimentos literários adquiridos pela sua licenciatura, sem no entanto acrescentar nada, ou algo. Para todos os efeitos, considero uma leitura de ruptura com canones da nossa sociedade, utilizando um populismo facilmente interiorizável pelas leitoras, muitas delas com casamentos quase falidos, adquirindo estas obras como autênicas bíblias de auto-ajuda, não entendendo contudo que o precipicio está já ali. Em termos literários as obras de MRP poder-se-ão classificar como um neoclassicismo de “Tias” de Cascais, em versão light.